Se te pareço noturna e imperfeita. Olha-me de novo. Porque esta noite. Olhei-me a mim, como se tu me olhasses. E era como se a água. Desejasse. Escapar de sua casa que é o rio. E deslizando apenas, nem tocar a margem. Te olhei. E há tanto tempo. Entendo que sou terra. Há tanto tempo. Espero. Que o teu corpo de água mais fraterno. Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta. Olha-me de novo. Com menos altivez. E mais atento.
domingo, 12 de agosto de 2007
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2 comentários:
Este poema me lembrou um poema da Lya Luft, do livro "Mulher no Palco". A poesia dela vale a pena... quanto à prosa, não gosto muito. Segue:
"Se te pareço ausente, não creias:
hora a hora minha dor agarra-se aos teus braços,
hora a hora meu desejo revolve teus escombros,
e escorrem dos meus olhos mais promessas.
Não acredites nesse breve sono;
não dês valor maior ao meu silêncio;
e se leres recados numa folha branca,
Não creias também: é preciso encostar
teus lábios nos meus lábios para ouvir.
Nem acredites se pensas que te falo:
palavras
são meu jeito mais secreto de calar."
Abraços
Sublime.
Precisamos trocar mais referências poéticas!
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