Tem dias em que me sinto quieta
Como em plena transformação
É uma quietude de quem se sente feio
Como a cigarra que troca sua casca
Parece que minha casca também muda
E dói um pouco
Porque sei que minha cara de antes
Aquela que eu achava linda e minha
Vai mudar
E como em toda mudança
Que aprendendo a aceitar
Olho com estranheza para minha cara nova
E a amo aos poucos
Deixando a saudade da outra se esvair
Certa de que a nova feição
Tem tudo da outra e um pouco mais
Porque carrega meu caminhar
Melhorado, transmutado, mutante
Ambulante
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2 comentários:
esqueceu de dizer: dinoneante.
fantástico seu poema.
ando tão atribulado que sequer consigo esboçar qualquer comentário poético.
bonitíssimo! ah, quantas vezes já senti tudo isso!
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