sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Corpos d'água

Não poupa espamos, orgamos. Não poupa teu tato. Perdes tempo! Anda. Sente. Não poupa a língua. O coração batendo, batendo, batendo. Voa, voa. Não poupa o abraço, o corpo a corpo. Envolve, aperta, treme. Treme, grita. Anda, antes que cheguemos à estação,
decolemos juntos. Decolemos do chão, longe do chão, aéreos. Viajemos, transcendemos.

Fica aceso, queima. Queimemos juntos, molhados, suados. Queimemos. Não espera, não tem aviso. Sente, flui, deságua. Sobre mim. Desaguemos, suemos, nos façamos mar do outro.
Sejamos nossos mares. Corpos de água, rios de suores e lágrimas. Sejamos. Sintamos o depois do limite, o indecifrável. Sintamos.

Perdes tempo! Vem aos meus braços. Dá teus passos. Espasmemos juntos. Eu e tu. Orgasmemos. Gemamos, sintamos. Onde e quando não importa. Perda de tempo. O rio de suores é sem barreiras. Deslizemos juntos. Atravessemos as rochas e montanhas, fluamos. Juntos, suados, em corpos d'água. Ainda é tempo.

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