domingo, 18 de maio de 2008

Mexeriqueira

Uma tangerina para adoçar o dia. Mexerica carioca, mimosa sulista, ponkan, bergamota, vergamota, mandarina -- chame do que quiser. Mandona. Fofoqueira mal acostumada. Espalha o perfume ácido, perturba as narinas quietas, marca o aroma na pele, gruda nos dedos, destila o suco nas bocas salivantes. Uma tangerina para depois do almoço. Para as moças e os moços, uma dúzia. Mexeriqueira, lambuzenta -- debruçada na janela, confere a vista, invade as privacidades. Agradavelmente cítrica.

2 comentários:

Ralf R só-a-consciência-no-ato-salva! disse...

E eu emocionado com o seu, Débora. (O texto da Nova Escola sobre pré-história brasileira). Também li a frase em questão para vários amigos que compartilham dessa preocupação com a consciência da nossa indianidade, e vi LITERALMENTE braços arrepiados de emoção... Às vezes ao escrever a gente pensa que mirou numa mosca e acerta num mastodonte, rsrs

Desculpe usar OUTRO texto seu para fazer deixar este comentário... então aproveito pra dizer que também gostei muito de ver aqui o nome MIMOSA, com que conheci esta fruta na minha infância paranaense... Até senti o cheiro!

Finalmente: se você não viu, sugiro que dê uma espiada numa outras das últimas postagens do meu blog: "Onde o Brasil é mais índio". Não fala de pré-história mas da raramente observada indianidade do Nordeste... e quem sabe também dá pauta... :-))

Abraços!

Anônimo disse...

Convivi um bom tempo com você!
Não conheci a sua arte!
Não conheci você!
bjs
Henrique Barros