existo.
quanta dor eu sinto porque existo.
me morro. morro viva. morro de intensidade de dor de existir.
me aprisiono, então: isolada na masmorra.
[o lugar do não-amor]
apareces e meu existir se reafirma livre. sinto, sinto, sinto, sinto.
me avivo. sou leve. sou pluma.
vôo. ensaio um [efêmero] vôo de amor.
...
o estremecimento das asas anuncia a queda: pedra sobre pedra da dor de existir.
tenho medo da altura do vôo.
e me escondo por detrás da parede grossa da sóbria e escura masmorra.
me morro encolhida de dor. existo. insuportavelmente existo.
[ ... ]
meu existir e o teu [incompatíveis]
se beijam em vôo livre
dá meia-noite: viro masmorra.
e me morro de querer amar.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
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4 comentários:
Tua escrita arrebata. Bjos.
isto se chama sincronicidade. se gosta das ideias de jung, nossos encontros nada programados são um belo exemplo. custam a ser físicos, mas de longe, é de alma.
]]] guardava asas [[[
e apelidava-se liberdade
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