segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

respingos de choraminguices [poemículos]


senti saudade tua
baixei eliseth
para acompanhar
ela cantou:
amar será meu fim.
botei-me a chorar

descobri um amor
que não me quis
pedi uma chance,
nem era um bis
[bem que se quis],
na hora da resposta:
xis


despetalei
cinco margaridas perguntando
se me querias;
elas ficaram sem pétalas,
eu funguei de alergia

queria chorar o mar
do mundo inteiro
por teu amor, de tanta dor.
caíram poucas lágrimas,
então preferi um
licor 

ouvi cinco vezes
canção do amor demais
demasiado triste
estendi a rede,
suspirei meus ais

o mínimo sinal
de alegria e tal
já me faz imaginar a ti e a mim
assim, como um casal.
mas é puro delírio
intercontinental


como chorar ouvindo
música romântica
tá fora de moda,
misturei modinha, chorinho e
caipirinha de vinho com
vodca

esqueça de mim,
disse.
virei a esquina
cheirei um jasmim


















(ilustração da amiga tuiteira @)

4 comentários:

Alisson da Hora disse...

Poemas que dão samba ;)

Sérgio Bernardo disse...

Como diria Drummond, "Elizeth põe a gente comovida como o diabo"... Adorei teu poema! Bjs

Paola P. disse...

Poema lindo :)

Débora Didonê disse...

um samba triste, um samba canção, um samba choroso, um samba serião... se elizeth, noel ou riachão... o que importa é que esses versos dêem suporte ao coração. :-)